PE. ASSIS
Com
a festa litúrgica do Batismo do Senhor encerramos o Ciclo do Natal e regressamos
pela mão da Liturgia, ao Tempo Comum, o tempo da vida pública de Jesus até as
cinzas inicio da Quaresma.
Jesus
inicia a sua vida pública, sua primeira manifestação como Deus, a sua primeira
“teofania” se dá às margens do rio Jordão, depois de submeter-se ao batismo de
João, em torno do ano 28 d.C.. A cena do
Batismo de Jesus é o relato evangélico que rompe o silêncio de quase trinta
anos de Nazaré. O silêncio de Nazaré, sem duvida é um silêncio que se faz palavra,
palavra profética e cheia de vida.
A
tradição evangélica dá grande relevância ao fato de que Jesus tenha sido batizado
por João. Sua historicidade parece estar assim fora de toda duvida. Todos os evangelhos se referem a este episódio (cf. Mc 1, 9-11;
Mt 3,13-17; Lc 3,21-22; Jo 1,32-34), isto
reflete uma preocupação típica das primeiras comunidades cristãs de como
explicar o motivo do batismo de Jesus. “O batismo de Jesus por João é um dos
pontos mais sólidos da reconstrução histórica da vida do Nazareno... A
historicidade do fato ressalta o constrangimento que causa às primeiras
gerações cristãs: estas acreditavam em Jesus isento do pecado e, sobretudo,
Messias anunciado pelo precursor João; como, portanto, admitir que se tenha
submetido a um rito penitencial e se declarado inferior, ele, batizado de
frente ao batizador? Certamente não inventaram; ao contrário, transmitiram
fielmente a memória, constrangidos pela história, mesmo engenhando-se para
diminuir sua importância e para lê-lo em chave favorável a Cristo... resta
entender com qual consciência Jesus se fez batizar.” (Barbaglio,
2011.)
O
batismo de Jesus pertence ao movimento do Batista que chamava seu povo ao
Jordão para começar pela penitência e o perdão dos pecados, uma nova era onde
fosse possível voltar a ter a consciência e identidade de pertença ao povo de
Deus. “Como o povo estivesse na expectativa e todos cogitassem em seus corações
se João não seria o Cristo, João tomou a palavra e disse a todos: «Eu batizo
com água, mas vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de
desatar a correia das sandálias: ele vos batizará com o Espírito Santo e com o
fogo»”. (Lc 3,15-16)
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