CAMINHAR COM JESUS - 1º ENCONTRO DA INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS

SEJAM TODOS BEM VINDOS
- ACOLHIDA
- ORAÇÃO INICIAL
- EVANGELHO
- DINÂMICA

TEXTO: CAMINHAR COM JESUS

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

DIOCESE DE CAMPINA GRANDE

INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS

Caminhar com Jesus

1º Encontro de boas Vindas ao Candidatos

Seguir Jesus não significa ter um caminho de facilidades. Pelo contrário: muitas vezes as coisas ficarão bem mais difíceis, pois o caminho é estreito: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram." Mt 7,13-14
    Isso não deve nos desestimular, pois com Ele certamente caminhamos para o Reino dos Céus. Mas, de fato, devemos observar que desde o início Jesus já avisava qual seria Seu destino e, consequentemente, o de Seus seguidores: "Em seguida, convocando a multidão juntamente com os Seus discípulos, disse-lhes: 'Se alguém Me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de Mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?'" Mc 8,34-36

    Caminhar com Jesus é abraçar corajosa e realisticamente as difíceis situações do dia-a-dia sem se entregar à desilusão ou ao ódio. É assim que tomamos nossa cruz e perdemos nossa vida por amor a Ele e ao anúncio da Vida Eterna. É cruz porque significa um grande e mortal sacrifício. É perder a vida porque está na contramão dos prazeres desse mundo. Mas esse é o verdadeiro caminho da emancipação, do amadurecimento, do fazer o que tem que ser feito. Tristes dos que se arrependerão por terem sido preguiçosos, ambiciosos, covardes ou inimigos da construção do Reino de Deus. Esses são os que realmente perdem e perderão suas vidas.

    Vejamos o que aconteceu com São Pedro quando ousou andar como Jesus sobre as águas: "Pela quarta vigília da noite, Jesus veio a eles, caminhando sobre o mar. Quando os discípulos O perceberam caminhando sobre as águas, ficaram com medo: 'É um fantasma!' disseram eles, soltando gritos de terror. Mas Jesus logo lhes disse: 'Tranquilizai-vos, sou Eu. Não tenhais medo!' Pedro tomou a palavra e falou: 'Senhor, se és Tu, manda-me ir sobre as águas até junto de Ti!' Ele disse-lhe: 'Vem!' Pedro saiu da barca e caminhava sobre as águas ao encontro de Jesus. Mas, redobrando a violência do vento, teve medo e, começando a afundar, gritou: 'Senhor, salva-me!' No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão, segurou-o e lhe disse: 'Homem de pouca fé, por que duvidaste?' Apenas tinham subido para a barca, o vento cessou." Mt 14, 28-32

    São Pedro teve a audácia de querer imitar Jesus. E ele não estava errado em querer. Jesus lhe consentiu de imediato e sem argumentar. Apenas disse: 'Vem!' Mas tomar Jesus como modelo representa enfrentar fortes oposições e grandes contrariedades. Ele permitiu que Pedro viesse até Si sobre as águas, mas não lhe abrandou o vento. Pelo contrário: redobrou sua violência. Jesus o fez intencionalmente. Notemos que logo que voltaram à barca o vento parou. Quando seguimos Jesus, em muitas situações vemos as dificuldades apenas aumentar. Esse é o momento de mostrarmos nossa fé, sem duvidar. Jesus está conosco. Seja para nos dar a mão, seja para acalmar o vento. Por fim, fica o exemplo de duas atitudes de São Pedro. Primeiro: ele tentou imitar Seu Mestre; Segundo: ele soube muito bem a Quem pedir socorro. Não o pediu aos da barca, mas a Jesus.

OBSERVAÇÃO: OS ENCONTROS AOS SÁBADOS, 17H, MATRIZ, CONTATO 8680-8754, 8813-3337 OU 8844-8150. FAÇA O MÁXIMO PARA NÃO FALTA R E QUANDO FOR FALTAR NOS COMUNIQUE.

    Outro exemplo da Bíblia em que vemos as situações se complicarem após a decisão de seguir Jesus é na parábola do semeador: "O semeador semeia a palavra. Alguns se encontram à beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a palavra neles semeada. Outros recebem a semente em lugares pedregosos; quando a ouvem, recebem-na com alegria; mas não têm raiz em si, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, eles tropeçam. Outros ainda recebem a semente entre os espinhos; ouvem a palavra, mas as preocupações mundanas, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a tornam infrutífera. Aqueles que recebem a semente em terra boa escutam a palavra, acolhem-na e dão fruto, trinta, sessenta e cem por um." Mc 4,14-20

    Nessa parábola vemos o inimigo roubar a semente dos que ficam 'à beira do caminho'; vemos contrariedades e perseguições que fazem tropeçar os inconstantes e os que não se aprofundam; vemos as preocupações, as ilusões e as cobiças sufocarem os que vivem 'entre os espinhos', ou seja, em maus ambientes e más companhias. Mas também vemos a boa terra dar até cem frutos por cada semente. A estatística que vemos nessa parábola é essa: para cada semente que frutifica, vemos 3 que se perdem. Mas a quantidade de frutos da que vinga compensa em muito as que se perdem. A lição é: ninguém é boa terra só porque quer ser, mas por persistir em ser. O que somos comprovamos com o tempo, não com palavras. Guardar a semente não é fácil, mas é maior das realizações.  

     Entretanto, o maior exemplo das contrariedades pelas quais passam os cristãos é a Crucificação de Jesus: "Conforme o Seu costume, Jesus saiu dali e dirigiu-Se para o monte das Oliveiras, seguido dos Seus discípulos. Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: 'Orai para que não caiais em tentação.' Depois Se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-Se, orava: 'Pai, se é de Teu agrado, afasta de Mim este cálice! Não se faça, todavia, a Minha vontade, mas sim a Tua.' Apareceu-Lhe então um anjo do céu para confortá-Lo. Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e Seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra." Lc 22,39-44

    Mesmo fazendo plena e exclusivamente o que era da vontade do Pai Eterno, Jesus não foi poupado por Ele da maior das torturas e sofrimento que um ser humano pode padecer. Se Deus pareceu cruel demais pedindo a Abraão para sacrificar Isaac, seu filho único, e levando-o até o último instante, com o Seu próprio Filho Ele não só ensejou o sacrifício, mas o consumou. Claro, a glória com que Jesus foi ressuscitado supera incomparavelmente que a humilhação da morte na cruz. E Sua história não teria a mesma repercussão sem a Ressurreição e Ascensão aos Céus. Fica evidente, portanto, que os sacrifícios exigidos por Deus, por mais estranhos que pareçam, não são desprovidos de sentido nem acontecem sem a benção de uma graça infinitamente maior dada em seguida. E Ele só pede que creiamos.

    Compreensível ou não, assim é a vontade de Deus, assim é o caminhar com Jesus. E Ele disse ainda: "Se o mundo vos odeia, sabei que Me odiou a Mim antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia." Jo 15,18-19

    Portanto, que nos fique na memória o paradoxo do Cristo, Deus assassinado. Pois mesmo que para ser rejeitado por tantos, Ele teve que vir e levar a cabo Seu gesto de amor pela Redenção da humanidade: "Veio para o que era Seu, mas os Seus não O receberam." Jo 1,11

    Caminhamos com Jesus, como que sobre as águas, mas sabemos que o vento é bravio... Ele avisou: "No mundo haveis de ter aflições. Coragem!" Jo 16,33
    Disse também: "Perseverai no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, sereis constantes no Meu amor, como também Eu guardei os mandamentos de Meu Pai e persisto no Seu amor." Jo 15,9-10