sábado, fevereiro 23, 2013

O caminho do Tabor ao Calvário


O caminho do Tabor ao Calvário
 PADRE JOSÉ ASSIS PEREIRA SOARES


Neste segundo domingo da Quaresma o Evangelho situa Jesus a caminho de Jerusalém. Esse caminho está cheio de referências simbólicas, já que é o caminho que o levará a ser “entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado, coberto de escarros, depois de açoitá-lo, eles o matarão. E no terceiro dia ressuscitará”. (Lc 18,32) É um caminho de subida até a entrega de sua própria vida, até sua morte e ressurreição. Essa mesma simbologia a podemos aplicar à Quaresma: um “caminho” de subida, de entrega, de sacrifício pelos outros, de jejum, caridade e oração, para encontrar-nos com o crucificado que ressuscita dentre os mortos. Poderíamos dizer que os cristãos sempre estamos “a caminho”, mas de maneira especial, o experimentamos neste tempo da Quaresma.
Neste “caminho” Jesus, hoje sobe com três de seus discípulos a uma montanha para rezar. Lucas (cf. Lc 9,28b-36) não fala de Transfiguração, mas descreve o que aconteceu através de dois elementos: o rosto de Jesus que muda e a sua veste que se torna resplandecente, na presença de Moisés e Elias: “Enquanto orava, o aspecto de seu rosto se alterou, suas vestes tornaram-se de fulgurante brancura. E eis que dois homens conversavam com ele: eram Moisés e Elias que, aparecendo envoltos em glória, falavam de seu êxodo que se consumaria em Jerusalém.” (vv.29-31)
Olhando o cenário evangélico anterior à “Transfiguração” de Jesus vemos Herodes se perguntando perplexo sobre quem é Jesus: “Quem é esse, portanto, de quem ouço tais coisas?” (Lc 9,9). Por outro lado os discípulos acabam de confessá-lo em Cesaréia de Filipe como Messias (cf. 9,18-21), e ai vem o anúncio da paixão desconcertando-os e deixando-os perplexos e perdidos num mar de duvidas.
Jesus era plenamente consciente da sorte que o esperava e a assumia com serenidade e inteireza. Porém, seus discípulos prediletos, assistem atônitos e desconcertados à cena: “a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto”. (Lc 9,36)
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