sábado, março 19, 2011

UM CARTA ESPECIAL - SER DIZIMISTA



Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Diocese de Campina Grande
Pastoral do Dizimo


Prezados Amigos e Amigas que servem em nossas comunidades, pastorais ou movimentos paroquiais.
Que o Espírito Santo nos ilumine para sermos FERMENTO, SAL e LUZ na PASTORAL DO DIZIMO!

Pelo Batismo nos tornamos filhos e filhas de Deus e membros de sua Igreja. Muitos de nós assumimos nesta Igreja o compromisso de fidelidade a Deus e o dever de prestar-lhe um culto de louvor e participar do serviço de evangelização através de tantos ministérios.
Pelo nosso compromisso de fidelidade a Deus somos convocados a evangelizar assumindo a dimensão missionária de todo batizado. "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura" (Mc 16,15). Evangelizar é a primeira e principal missão da Igreja. Ordenados ou não, se somos parte dessa Igreja, membros do corpo místico cuja cabeça é Cristo, então essa missão é de todos nós, herdada no batismo e individualmente assumida no crisma.
Esse mesmo compromisso de fidelidade a Deus e a Igreja exige de nós o cuidado para com o nosso próximo, pois não é possível amar a Deus a quem não se vê se não amamos ao nosso próximo a quem vemos. Jesus torna-nos também responsáveis por nossos irmãos. "Amai-vos uns aos outros", diz Ele. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos" (Jo 15, 12-13).  E ainda nos coloca em xeque em relação às atitudes que tivermos perante os mais desvalidos, com fome, com sede, com frio, doentes, aprisionados: "... todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes" (Mt 25, 31-40). É a dimensão da caridade fraterna ou ação social do ser cristão.
Mas, também, pelo mesmo compromisso somos chamados a partilhar nossos bens e contribuir com o dízimo. É a dimensão de corresponsabilidade solidária com a sua Igreja.
PARA QUE O DÍZIMO?
Representando meu salário trinta dias do meu tempo, da minha existência, na verdade ele contém uma parcela da minha vida. Assim, o que eu ofertar desse salário será um pouco de mim mesmo que estarei ofertando. Será importante, pois, saber o que será feito desse pedaço de mim.
Nosso dízimo, aquele pedacinho de vida de cada um de nós, ofertado a Deus, vai permitir que Ele se manifeste através da Igreja, pela proclamação de Sua palavra, pela sagrada Eucaristia, pelos sacramentos, pelo socorro aos carentes, pelo trabalho missionário evangelizador.
Nosso dízimo, aquele pedacinho de nossa vida, proverá o sustento do padre, ministro ordenado; pagará salários de funcionários da paróquia, possibilitará a compra de material litúrgico, de material de uso das diversas pastorais, cobrirá os gastos com impostos, taxas e na limpeza, conservação e embelezamento do templo. É a dimensão religiosa do dízimo.
Nosso dízimo, aquele pedacinho de nossa vida, comprará remédios para os doentes que procuram a comunidade, cestas básicas para as famílias carentes, ou alimentos para o sopão, auxiliará em situações de penúria o paroquiano, sustentará cursos que permitam aumentar as possibilidades de ganho para os mais humildes, na promoção humana. É a dimensão social.
De tudo que a paróquia recebe, entre dízimo e ofertas, também daí sai um dízimo: o dízimo paroquial, que, orientado para a diocese, contribuirá para seus compromissos, inclusive na manutenção do seminário e na destinação às missões. É o dízimo missionário.
De tudo isto o dizimista precisa estar sempre informado. É seu direito. Mas, certamente, saber que contribuiu para que o pão e o vinho chegassem até o altar no Ofertório, para, em seguida, na Consagração, serem transformados no Corpo e no Sangue de Jesus, será o bastante para justificar, no sacrifício do Cristo, o seu próprio sacrifício de oferecer-se no seu dízimo.
Queridos animadores e animadoras de nossas pastorais e comunidades e membros dos diversos movimentos, eu mesmo durante anos, sendo padre achava que já dava muito, por entregar minha vida e não necessitava ser dizimista. Depois entendi que podia dar algo do meu salário, pois ele faz parte da minha vida e assim me tornei dizimista. Sejam dizimistas e dêem aos outros paroquianos o testemunho e privilégio de ser dizimista. Não negue a alegria de participar da vida e da missão da Igreja e do plano de Deus. Façam saber que o dízimo é a forma mais digna de a Igreja e a comunidade se manterem e cumprirem suas obrigações. Que outros recursos, como as campanhas ou sorteios sejam apenas emergenciais. Que a casa de Deus não se transforme em uma casa de jogos e festas e seus sacramentos, mercadoria de comércio. Pois além de ser um desconforto é constrangedor ter que receber pelos sacramentos celebrados.
Quanto de ofertar no meu dízimo?
Efetivamente, dízimo significa uma décima parte, ou dez por cento, como já se o ofertava ao tempo do Antigo Testamento. Contudo, longos anos afastados da prática do dízimo, poucos são ainda os cristãos católicos que o têm como compromisso. Há, assim, que se reconhecer difícil, de uma hora para outra, separar os dez por cento de Deus de um salário pequeno já comprometido com um orçamento apertado. Deus há de entender e perdoar, enquanto sentir o esforço e o propósito de cada um. São Paulo (II Cor 9, 7) orienta: "Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria".
           É isso: se mesmo se esforçando, você só pode dar pouco, faça-o, mas com amor. E que não seja seu resto, sua sobra. Nada do que Deus lhe deu é resto. Se você pode dar muito, mas não se sente motivado, não está conscientizado, não dê nada. Porque sem amor, sem o sentido da gratidão e do compromisso, não é dízimo, é esmola. Deus não quer e não precisa de esmola.
A orientação que se pode dar para quem vai iniciar a prática do dízimo, vai ainda se inscrever como novo dizimista, é que inicie com um ou dois por cento, para não ter que desistir logo em seguida. Lembre-se que bastou um jovem desprendido ofertar cinco pães e dois peixes para que Jesus operasse o milagre da multiplicação (Jo 6,5-13). Assim fará com o dízimo em nossa paróquia.
Aos poucos, vendo o desenvolvimento de sua comunidade e o trabalho que agora é possível promover, você pode querer aumentar sua participação. Será uma decisão sua e de sua família. Mas consulte-se com Deus em oração. Quem já é dizimista e pela graça de Deus já chegou nos dez por cento, ou até mais, louve e agradeça ao Senhor por isso.
Como lembra Paulo: "Não se trata de aliviar os outros fazendo-vos sofrer penúria, mas, sim, que haja igualdade entre vós" (II Cor 8, 13).
BENDITO SEJA DEUS, QUE NOS REUNIU NO AMOR DE CRISTO


 Campina Grande, Março de 2011

Pe. José Assis Pereira Soares
Pároco de Fátima

4 comentários:


  1. Caro Padre é excelente essa carta aos dizimista. Parabens. Peço a permissão de utilizá-la na Semana Paroquial do Dizimo.

    Pe. ALcides

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  2. Querido Padre;
    Parabenizo pela carta e peço autorização para compartilhar com os meus paroquianos!!!
    Pe Claudio

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