PREPARAÇÃO PARA UMA BOA CONFISSÃO

 

Sacramento da Penitência e Reconciliação

“Agora, porém, abandonai tudo isso: ira, irritação, maldade, blasfêmia, palavras indecentes, que saem dos vossos lábios. Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu Criador... Revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. Que a paz de Cristo reine em vossos corações...” (Cl 3,8-15)

Prepara-te para a confissão se possível, em um clima de oração, respondendo a estas perguntas sob o olhar de Deus.

1.    «Não terás outros deuses diante de mim» (Dt 5,7). «Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma e de todo teu espírito» (Mt 22, 37). Amo assim o Senhor? Dou-lhe o primeiro lugar em minha vida? Empenho-me em rejeitar todo ídolo que pode interpor-se entre Ele e eu, seja o dinheiro, o prazer, a superstição ou o poder? Escuto com fé sua Palavra? Sou perseverante na oração?

Duvidei da existência de Deus? Desconfiei da misericórdia de Deus? Queixei-me de sua providência nas doenças, na pobreza e nos sofrimentos? Revoltei-me contra Deus nas minhas tribulações? Frequentei outras religiões, reuniões, cultos, ou organizações contrárias à fé católica, tais como espiritismo, umbanda, associações ocultas, curandeirismo, bruxarias, cultos satânicos?

Invoquei a Satanás? Evoquei os espíritos dos mortos, acreditei na reencarnação?

Acreditei em horóscopo, adivinhos, cartomantes, feiticeiros? Andei com amuletos, orações supersticiosas, agouros, lidei com despachos?

2.    «Não pronunciarás em vão o nome do Senhor teu Deus» (Dt 5, 11). Respeito o nome santo de Deus? Abuso ao referir-me a Ele ofendendo-o ou servindo-me dele em lugar de servi-lo? Bendigo a Deus em cada um de meus atos? Remeto-me sem reservas a sua vontade sobre mim, confiando totalmente nele? Confio-me com humildade e confiança à guia e ao ensinamento dos pastores que o Senhor deu a sua Igreja? Empenho-me em aprofundar e nutrir minha vida de fé?

Blasfemei contra Deus, contra sua Mãe Maria Santíssima, contra os santos, contra a Igreja e seus ministros? Roguei praga contra Deus? Ofendi a Deus com palavras? Jurei com o santo nome de Deus? Pronunciei o nome do Senhor com palavras desrespeitosas? Deixei de cumprir alguma promessa?

3.    «Guardarás o dia de sábado para santificá-lo, conforme ordenou o Senhor teu Deus. Trabalharás durante seis dias e farás toda a tua obra; o sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhum trabalho... » (cf. Dt 5, 12-15). Vivo a centralidade do dia do Senhor (domingo), começando por seu centro que é a celebração da eucaristia, e os outros dias consagrados ao Senhor para louvá-lo e dar-lhe graças para confiar-me a ele e repousar nele? Participo com fidelidade e empenho na liturgia festiva, preparando-me a ela com a oração e esforçando-me em obter fruto durante toda a semana? Santifico o dia de festa com algum gesto de amor para com quem precisa?

Tenho trabalhado ou obrigado a outros a trabalhar aos domingos e dias santos sem motivos graves? Aproveito estes dias para rezar mais, passar mais tempo com a família ou ajudar aos necessitados ou praticando as obras de misericórdia?

4.    «Honra teu pai e tua mãe» (Dt 5, 16). Amo e respeito quem me deu a vida? Esforço-me por compreendê-los e ajudá-los, sobretudo em sua fraqueza e seus limites?

Para os filhos: Desrespeitei os meus pais falando-lhes asperamente ou respondendo-lhes mal? Entristeci-os gravemente? Obedeci de má vontade? Descuidei-me dos pais na velhice, na pobreza ou na doença?

Para os pais: descuidei-me da educação religiosa dos meus filhos? Dei-lhes mau exemplo? Deixei de corrigi-los.

5.  «Não matarás» (Dt 5, 17). Esforço-me por respeitar e promover a vida em todas suas etapas e em todos seus aspectos? Faço tudo o que está em meu poder pelo bem dos demais? Fiz mal a alguém com a intenção explícita de fazê-lo? «Amarás ao próximo como a ti mesmo» (Mt 22, 39).             

Como vivo a caridade para com o próximo? Estou atento e disponível, sobretudo para com os mais pobres e os mais fracos? Amo a mim mesmo, sabendo aceitar meus limites sob o olhar de Deus?

Tive ódio do próximo? Desejei-lhe mal? Tenho inimigos ou intrigados? Usei drogas, embriaguei-me? briguei? Alimentei pensamentos e sentimentos de vingança? Denunciei alguém injustamente? Pus em risco a vida e a integridade física de alguém?

Mandei ou aconselhei alguém a matar? Aconselhei ou provoquei o grave crime do aborto?

Tentei suicídio, expus-me em perigo, sobretudo ao dirigir? Feri ou matei alguém?

6.  «Não cometerás adultério» (cf. Dt 5, 18). «Não cobiçarás a mulher do teu próximo» (Dt 5, 21). Não cometerás atos impuros. Sou casto em pensamentos e atos? Esforço-me em amar com gratidão, livre da tentação da posse e dos apegos? Respeito sempre e em tudo a dignidade da pessoa humana? Trato meu corpo e o corpo dos outros, como templo do Espírito Santo?

Tive conversas imorais? Cantei musicas imorais? Li revistas ou livros, acessei sites de pornografia na internet, assisti filmes imorais ou obcenos? Pratiquei a masturbação só ou com outras pessoas, do mesmo sexo ou de outro sexo, com animais? Pratiquei a pedofilia? Faltei com o pudor em meu vestir? Tive liberdade no namoro? Defendi a promiscuidade como o “ficar”, “se juntar”, ter relações antes do matrimônio? Defendi o divórcio? O aborto? Uniões de pessoas do mesmo sexo?

Para os casados: Procurei satisfação carnal fora do matrimônio, adultério? Desejei o adultério? Mantive amizades que são ocasião habitual do pecado de infidelidade? Abusei das relações evitando ter filhos por meios não aprovados pela Igreja? Aconselhei meios para este fim?

7.  «Não roubarás» (Dt 5, 19). «Não desejarás para ti a casa do teu próximo... nem coisa alguma que pertença ao teu próximo» (Dt 5, 21). Respeito os bens da criação? Sou honesto no trabalho e em minhas relações com os outros? Respeito o fruto de trabalho dos outros? Sou invejoso do bem dos outros? Esforço-me em fazer os outros felizes ou penso só em minha felicidade?

                      Furtei? Roubei? Aceitei objetos furtados? Guardei-os? Furtei dinheiro dos pais, esposos ou          esposas? Cobicei as coisas alheias? Não restitui ao dono um objeto achado ou emprestado? Planejei algum    furto? Causei algum prejuízo de propósito ou por negligência? Deixei de pagar dividas? Cobrei juros excessivos? Passei cheques sem fundo? Enganei ao próximo, nas mercadorias, na falsificação, na pirataria? Desperdicei o dinheiro em jogos e bebedeiras?

             8.    «Não apresentarás falso testemunho contra o teu próximo» (Dt 5, 20). Sou sincero e leal em              cada palavra e ação? Testemunho sempre e só a verdade? Trato de dar confiança e atuo em modo de merecê-la?

Menti? Minto habitualmente? Falei mal dos outros? Difamei alguém? Caluniei?

Fiz juízos falsos e temerários? Semeei discórdias, inimizades, na família, no ambiente de trabalho? Provoquei inimizades políticas? Exagerei as faltas dos outros? Dei falso testemunho contra o próximo?

Sou criticista, fofoqueiro ou mexeriqueiro? Violei algum segredo? Tentei enganar alguém?

Esforço-me por seguir a Jesus na via de minha entrega a Deus e aos demais? Tento ser como Ele, humilde, pobre e casto?

Encontro o Senhor fielmente nos sacramentos, na comunhão fraterna e no serviço aos mais pobres? Vivo a esperança na vida eterna, olhando cada coisa à luz do Deus e confiando sempre em suas promessas?

Faltas contra os mandamentos da Igreja:

• Deixei de participar da missa aos domingos e festas?
• Deixei de confessar-me pelo menos uma vez ao ano?
• Deixei de comungar pelo menos uma vez na Páscoa de Ressurreição?
• Deixei de jejuar e de abster-se de carne na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão?
• Deixei de devolver o dízimo segundo costume?

ORAÇÃO DO PENITENTE

Deus, Pai de misericórdia, como filho(a) arrependido(a) regresso para dizer-vos: “Pequei contra vós; já não sou digno(a) de ser chamado vosso(a) filho(a)”. Cristo Jesus, Salvador do mundo, eu vos peço como o bom ladrão a quem abristes as portas do paraíso: “Lembrai-vos de mim, Senhor, quando estiverdes no vosso reino”. Espírito Santo fonte de amor, cheio de confiança vos suplico: “Purificai o meu coração e concedei-me viver como filho(a) da luz”.