Padre José Assis
No Evangelho de hoje (cf. Lc
15,1-32) Jesus nos mostra com imagens cotidianas as feições do amor que Deus
tem por cada um de nós e o medo de nos perder. Ele se apresenta como um
“pastor” (15,4-7)
preocupado por todas e cada uma de suas ovelhas, que se põe a caminho para
recuperar a “ovelha perdida”; como uma “mulher” empenhada em conservar até a
última moeda de seu patrimônio, que procura atentamente uma “drácma” perdida (15,9-10); ou ainda como
um pai amoroso que não se resigna com a perda do filho (15,11-32) e se alegra com a sua volta e
busca a reconciliação com o outro filho que não se sente mais de casa. Isto é o
que quer significar estas parábolas, todos e cada um de nós, filhos e filhas,
somos importantes, valiosos e amados individualmente pelo Deus-Pai que se
afeiçoou a nós com um amor tão absoluto que estremece de medo de nos perder ou
de nos condenar para sempre, como quem ama tem medo de perder a pessoa amada.
Estar longe deste Deus-Pai e dos outros por razões
humanas é perder tempo, é perder Deus. Então deveria nascer espontaneamente em
nós a necessidade de pedir perdão, pois só o amor gratuito e livre é capaz de
perdoar.
Jesus começa estas “parábolas da misericórdia” porque está sendo questionado em sua atitude
frente aos pecadores: “Este homem acolhe pecadores e come com eles.”(v. 2) “Para bem
compreendermos o Evangelho de hoje é necessário partir do enquadramento da cena
nos versículos 1-3 e das personagens presentes em primeiro plano: de um lado,
‘publicanos’ e ‘pecadores’ quer se aproximar de Jesus para o ouvirem; e do
outro, os ‘fariseus’ e os ‘escribas’ que murmuraram, julgam e, de certo modo,
condenam Jesus (15,1-2).
As parábolas apresentam então, uma intenção polêmica em relação a estes
últimos, mas a finalidade primeira é a de mostrar a publicanos e pecadores a
infinita misericórdia de Deus, a importância da conversão para a salvação, a
alegria no Céu por um pecador que se arrepende.” (Casarin, 2010.)
Os fariseus e escribas
criticam Jesus porque ele sai da ordem estabelecida na sociedade judia da época
porque mantém relações de proximidade com cobradores de impostos, prostitutas,
enfermos, que se acreditavam assim por causa do seu pecado, ou com os que a sua
própria origem ou profissão lhes fazia indignos da relação com eles e inclusive
sem possibilidade de salvação divina, os não pertencentes ao povo judeu:
samaritanos, pagãos, romanos etc. a todos esses Jesus, com a parábola do “filho
prodigo”, lhes faz saber que também são
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