domingo, setembro 08, 2013

Jesus e os vínculos familiares - Pe. José Assis


Pe. José Assis Pereira Soares
 Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Diocese de Campina Grande - PB


No evangelho de Lucas deste domingo (cf. Lc 14,25-33) Jesus continua compartilhando seus ensinamentos a caminho de Jerusalém. De uma maneira concisa e clara, oferece as condições imprescindíveis para um verdadeiro discipulado ou seguimento de Jesus. Viver como cristão, seguir a Jesus Cristo não é fazer passeata com o Senhor. Sua palavra é clara, Lucas nos apresenta hoje um conjunto de ditos e parábolas que nos revelam que Jesus não ocultou as dificuldades para aquelas pessoas que querem segui-lo: Construir, lutar e renunciar.
“Se alguém vem a mim e não odiar seu próprio pai e mãe, mulher, filhos irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo.” (vv. 26-27)
Trata-se aqui de uma das afirmações mais radicais do evangelho. Nenhum outro mestre ou rabino fez este tipo de exigência tão radical para quem queria ser seu discípulo. Jesus se atreve a colocar-se acima dos laços sagrados da família, dos pais e os filhos. “Ele relativiza os vínculos familiares na perspectiva do Reino. Também o fez noutras ocasiões: perda no templo, chamados vocacionais, escuta da palavra, relações com os seus parentes e com Maria, sua mãe. Diante da primazia do Reino perdem lugar os afetos de família e os laços de sangue e raça, nação e grupo cultural. Contudo Jesus não menospreza estes vínculos de parentesco na sua vertente humana e religioso-moral. Pelo contrário, reafirmou as relações paterno-filiais reguladas pelo quarto mandamento da lei de Deus quando condenou as tradições judaicas contrárias ao mesmo (cf. Mc 7,10). (Caballero, 2000.) 
No texto, todas as expressões estão subordinadas à frase principal do conjunto: “se alguém vem a mim”, ser seu verdadeiro discípulo ou discípula deve centrar sua vida nele. Cristo reclama para si, um amor maior que a própria família, pretende açambarcar afetos humanos tão profundos e vivências tão pessoais.
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