No evangelho de Lucas deste domingo (cf. Lc 14,25-33) Jesus continua compartilhando seus ensinamentos a caminho de Jerusalém. De uma maneira concisa e clara, oferece as condições imprescindíveis para um verdadeiro discipulado ou seguimento de Jesus. Viver como cristão, seguir a Jesus Cristo não é fazer passeata com o Senhor. Sua palavra é clara, Lucas nos apresenta hoje um conjunto de ditos e parábolas que nos revelam que Jesus não ocultou as dificuldades para aquelas pessoas que querem segui-lo: Construir, lutar e renunciar.
“Se alguém vem a mim e não odiar seu
próprio pai e mãe, mulher, filhos irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode
ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não vem após mim, não pode ser
meu discípulo.” (vv. 26-27)
Trata-se aqui de uma das
afirmações mais radicais do evangelho. Nenhum outro mestre ou rabino fez este
tipo de exigência tão radical para quem queria ser seu discípulo. Jesus se
atreve a colocar-se acima dos laços sagrados da família, dos pais e os filhos. “Ele
relativiza os vínculos familiares na perspectiva do Reino. Também o fez noutras
ocasiões: perda no templo, chamados vocacionais, escuta da palavra, relações
com os seus parentes e com Maria, sua mãe. Diante da primazia do Reino perdem
lugar os afetos de família e os laços de sangue e raça, nação e grupo cultural.
Contudo Jesus não menospreza estes vínculos de parentesco na sua vertente
humana e religioso-moral. Pelo contrário, reafirmou as relações paterno-filiais
reguladas pelo quarto mandamento da lei de Deus quando condenou as tradições
judaicas contrárias ao mesmo (cf. Mc 7,10). (Caballero, 2000.)
No texto, todas as expressões
estão subordinadas à frase principal do conjunto: “se alguém vem a mim”, ser
seu verdadeiro discípulo ou discípula deve centrar sua vida nele. Cristo
reclama para si, um amor maior que a própria família, pretende açambarcar
afetos humanos tão profundos e vivências tão pessoais.
VEJA MAIS NA PÁGINA DE ARTIGOS CLIQUE AQUI!

Nenhum comentário:
Postar um comentário