Pe. Assis
“Vem! Vou mostrar-te a Esposa, a mulher do Cordeiro!” (Ap 21,9) Com essas palavras de um anjo do
apocalipse ao vidente João, somos nesta liturgia convidados a contemplar a
Virgem Maria, que como ao pé da Cruz era símbolo da Igreja nascente e
peregrina, agora no céu, na nova Jerusalém é a primeira desta Igreja
glorificada.
As comunidades eclesiais sempre se
identificaram com Maria, pois ela além de ser a Mãe do Salvador é também a irmã
que vive os dramas de toda a comunidade cristã, que acompanha os irmãos e irmãs
de fé nos momentos difíceis. Aclamada de geração em geração, nela as
comunidades descobrem a raiz do seu ser Igreja e de sua missão no mundo. Esta
experiência das comunidades cristãs com a Virgem Maria, mulher profundamente
identificada com Deus nos é descrita no Apocalipse de São João (cf. Ap 11, 19a.12,1-6a.10) como “um sinal grandioso que
apareceu no céu”. Trata-se de uma mulher, a Igreja ou a Virgem Maria “membro
eminente e único da igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na
caridade.” (LG 53)
Ignoramos como e quando se deu os últimos dias e a morte da Mãe de
Jesus e a Sagrada Escritura nada afirma a esse respeito. Desde o final do século
IV temos referências a um túmulo vazio em Jerusalém e a celebração de uma festa
do “trânsito ou dormição de Maria”.
Pouco a pouco o tema da “dormição”
é substituído pelo da “assunção”. Mesmo
sem um consenso sobre o que teria acontecido com A Virgem Maria no final de sua
vida, a devoção a sua assunção ao
céu, glorificada junto de Cristo, sempre foi uma crença geral do povo
cristão.
Depois da definição do dogma da imaculada Conceição (1854), houve
um forte movimento mariano para que a crença devocional da assunção de Maria
fosse transformada em dogma. Em 1950 a Igreja proclamou o dogma da assunção e na
afirmação dogmática, Pio XII não entra em detalhes se Maria morreu ou não. A
grande razão teológica é que a Mãe de Deus, a Virgem Maria foi elevada em corpo
e alma à glória do céu, estando estreitamente unida a seu Filho e compartilhando
o seu destino.
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