Pe. Assis
As realidades mais belas Jesus
as proclamou, as ensinou e as realizou à mesa, numa refeição. Lucas reuniu em seu evangelho alguns dos
ensinamentos de Jesus, através de conversas ao redor da mesa.
Na mesa se compartilha a vida, a amizade e os ideais, por isso sempre
teve importância compartilhar a refeição com alguém. Os comensais que compartilham a
mesa ficam unidos; "comer com outros" foi sempre símbolo de
solidariedade, estima, amizade, comunicação interpessoal e festa. O alimento se
converte em algo mais do que repor as forças e alimentar-se: É o contexto mais
espontâneo da acolhida e da hospitalidade, mais ainda para os orientais do que
para nós.
A literatura bíblica nos
demonstra que o povo judeu entendeu e praticou de maneira excelente esta
linguagem simbólica da refeição. Além da ceia pascal, os judeus tinham várias
outras refeições religiosas e festivas, como a refeição relacionada com o início
do sábado, as refeições de fraternidade, as refeições familiares etc.
Assim como para os judeus a refeição tem um sentido sagrado, para Jesus
a mesa tem um lugar importante em seus ensinamentos. Ele “se serviu da
linguagem do ‘comer com’ em seu anúncio do Reino... Como Ele aparece no
evangelho compartilhando a mesa com outros: na casa de amigos, como Lázaro ou
Mateus, ou de fariseus como Simão, e também de publicanos como Zaqueu, causando
escândalo aos fariseus que entendem muito bem esta linguagem como aproximação
de Jesus aos marginalizados e ‘pecadores’ da sociedade. Jesus não quer excluir
ninguém da salvação e da comunhão com Deus, e o simbolismo do compartilhar com
eles a comida é o mais expressivo na hora de proclamar a boa-nova. Multiplica
pães e peixes, converte água em vinho, aceita convites ou se autoconvida Ele
mesmo: está anunciando com ações simbólicas o perdão e o amor de Deus. Quando
fala do Reino, frequentemente o faz em chave de banquete festivo ao qual Deus
nos convida, como nas parábolas do filho pródigo ou do banquete do Reino. O gesto
da refeição é, para Jesus, uma ação profética com a qual quer dar a entender que
o Reino vem, que já está aqui, e que vem para todos.” (Aldazabal, 2002.)
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