Padre José Assis - Pároco da Paróquia de Fátima
Como todos sabem, Jesus escolheu
alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Num só dia celebramos o
martírio de dois destes apóstolos: Pedro e Paulo. Na realidade, os dois eram
como um só. Embora tenham sido martirizados na perseguição de Nero, em datas
diferentes entre os anos 64 e 67, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente;
Paulo o seguiu.
A Liturgia reúne em uma única
celebração estes dois grandes apóstolos: Pedro, o escolhido para conduzir a
Igreja e confirmar seus irmãos na fé e Paulo, o eleito por Deus, para ser o evangelizador,
aquele que com suas cartas e suas pregações ensinou de modo profundo as
palavras do Mestre.
Celebramos o dia festivo
consagrado para nós pelo sangue desses dois apóstolos. Amemos sua fé, vida,
trabalhos, sofrimentos, testemunhos e as pregações. “São
Pedro e São Paulo são os últimos dois aneis de uma corrente que nos une ao
próprio Cristo. Em certo sentido, nossa comunhão com Jesus passa através deles.
Nós celebramos, por isso, a festa dos ‘fundadores’ de nossa fé, dos
antepassados do povo cristão.” (Cantalamessa, 2012.)
Pedro
é o primeiro a quem Jesus chamou. Nasceu em Betsaida, junto ao lago de
Tiberíades e se mudou para Cafarnaum, onde junto ao seu irmão André, seu pai
Jonas, aos filhos de Zebedeu, montou uma pequena empresa familiar de pesca.
Escolhidos os três por Jesus, Pedro Tiago e João se converteram nos discípulos
mais íntimos e foram testemunhas dos maiores acontecimentos de sua vida, como a
Transfiguração no Tabor e a agonia do Getsemani. Pedro seguiu a Jesus da
Galileia à Judeia e depois da morte de Jesus transferiu-se para Antioquia e
enfim chegou a Roma.
Dentre os apóstolos, somente
Pedro mereceu ouvir estas palavras de Jesus: “Tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja." (Mt 16,18) A ele e seus sucessores lhes concede Jesus uma missão
única na Igreja, missão apresentada através da imagem da construção de um
edifício, “quem edifica a Igreja é Cristo. É ele que escolhe livremente um
homem e o põe na base do edifício. Pedro é apenas um instrumento, a primeira
pedra do edifício, enquanto Cristo é aquele que põe a primeira pedra. Todavia,
doravante, não se poderá estar verdadeira e plenamente na Igreja, como pedra
viva, se não se está em comunhão com a fé de Pedro e sua autoridade ou, ao
menos, se não se procura estar.” (Ibid. Cantalamessa.) "Ninguém pode por outro fundamento do que o que foi posto:
Jesus Cristo." (1Cor 3,10). Se o
fundamento invisível é Cristo Ressuscitado, o visível é a chamada “cátedra de
Pedro”, os que o sucederam até o atual sucessor o papa Francisco. Neles, Pedro
continua a ser a “rocha”, garantindo misteriosamente a indefectibilidade da
Igreja no tempo e nas tormentas que tem que superar essa “barca”, outra
alegoria apropriada ao pescador de Galileia, acostumado a enfrentar as
tempestades e ressacas do mar. VEJA MAIS AQUI NA PÁGINA DE ARTIGOS
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