O
PONTO DE PARTIDA DA IGREJA
Estamos nos últimos dias deste tempo pascal celebrando este VII Domingo
da Páscoa, Festa da Ascensão do Senhor. Jesus se vai ao céu, mas fica conosco.
Esse é o grande mistério de nossa fé.
Dizem que o dia em que Jesus ascendeu, ali perto de Betânia, a Igreja se
fez adulta. Abandonou a infância e a adolescência que tinha vivido junto a Jesus.
A nós se nos há de ocorrer o mesmo. Temos de nos transformar em cristãos adultos.
E esperar a chegada do Espírito em Pentecostes "que nos ensinará tudo".
São Lucas, (cf. At 1,1-11) depois
de escrever seu evangelho, empreende também com a inspiração divina a tarefa de
narrar o que ocorreu depois que Jesus ressuscitara e subira aos céus. É a
história dos começos da Igreja, esses tempos fundacionais nos quais a mensagem
cristã começa a proclamar-se como um ensinamento novo e surpreendente que havia
de transformar o mundo. Assim nos refere que o Senhor, antes de subir à sua
glória e enviar-lhes a força avassaladora do Espírito, “durante quarenta dias
apareceu-lhes e lhes falou do que concerne ao Reino de Deus.” (v. 3)
Foram quarenta dias de amável
intimidade com o Senhor, “no decurso destes dias foi afastado o medo da morte
cruel e proclamada a imortalidade não apenas da alma, mas também do corpo.
Nestes dias mediante o sopro do Senhor, todos os apóstolos receberam o Espírito
Santo; nestes dias foi confiado ao apóstolo Pedro, mais que a todos os outros o
cuidado do rebanho do Senhor, depois de ter recebido as chaves do reino.
Durante esses dias, o Senhor
juntou-se, como um terceiro companheiro, a dois discípulos em viagem, e para
dissipar as sombras de nossas dúvidas repreendeu a lentidão de espírito desses
homens cheios de medo e pavor. Seus corações, por ele iluminados, receberam a
chama da fé; e à medida que o Senhor ia lhes explicando as Escrituras, foram se
convertendo de indecisos que eram em ardorosos. E mais: ao partir o pão, quando
estavam sentados com ele à mesa abriram-se-lhes os olhos...
Durante todo esse tempo, passado
entre a ressurreição e ascensão do Senhor, a providência de Deus esforçou-se
por ensinar e insinuar não apenas aos olhos, mas também aos corações dos seus
que a ressurreição do Senhor Jesus Cristo era tão real como o seu nascimento, paixão
e morte.” (São Leão
Magno, 2000.)
Foram então estes dias nos
quais foram suavizados com sua grata recordação as pedras e espinhos dos
caminhos que os apóstolos haveriam de percorrer. Por isso o Senhor lhes volta a
falar do que lhes disse desde o princípio, de que o Reino de Deus estava
próximo, de que a salvação conseguida com seu sacrifício na cruz alcançaria
todos os tempos e lugares.
leia mais na página de Artigos: CLIQUE AQUI!
Nenhum comentário:
Postar um comentário