Todos os anos começamos o novo ciclo
litúrgico na Igreja Católica com o Advento, (do latim ad-ventus =
“chegada”) que é presença e chegada. É uma presença de sempre e constantemente
renovada, porque nos preparamos para celebrar o mistério do Deus que se encarna
na grandeza de nossa miséria humana.
O
Advento coexiste neste ambiente de nossa sociedade consumista, com a “operação
natal”, através do comércio, da publicidade, já respirando o “natal mágico”.
Vale a pena aproveitar esta antecipação, de um povo que não sabe esperar, e
valorizando aquilo que é interessante, anunciar os valores absolutos sem os
quais as pessoas não se realizam, nem alcançam a felicidade plenamente. É
preciso cultivar uma “mística da espera”. Nossa espera pode ter diversos
coloridos, sentimentos e emoções. Mas é ela que nos mantém vivos, em todos os
sentidos.
O
tema da espera é vivido na Igreja com a mesma oração que ressoava na assembleia
cristã primitiva: Marana-thá = Vem Senhor! (cf. 1Cor 16,22; Ap 22,20) Todo o
Advento ressoa como um "Marana-thá" nas diferentes modulações que
esta oração adquire nas preces litúrgicas da Igreja.
A
palavra do Antigo Testamento convida a repetir na vida a espera dos justos que
aguardavam o Messias, esta certeza da vinda de Cristo estimula a renovar a
espera da última aparição gloriosa na qual as promessas messiânicas serão totalmente
cumpridas já que até hoje se cumpriram parcialmente.
O
tema da espera do Messias e a comemoração da preparação para este acontecimento
salvífico atingirão o seu auge nos dias que precedem o Natal, na chamada
“Semana Santa do Natal”. A Igreja se sente submersa na leitura profética dos
oráculos messiânicos. Lembra-se de nossos Pais na Fé, patrísticos e profetas,
escuta o profeta Isaías, recorda o pequeno núcleo dos “anawim de Yahvé" =
pobres do Senhor, que está ali para esperá-lo: Zacarias, Isabel, João Batista,
José e a Virgem Maria.
O
Advento é, pois, como uma intensa e concreta celebração da longa espera na
história da salvação, como o descobrimento do mistério de Cristo presente em
cada página do Antigo Testamento, do Gênesis até os últimos livros Sapienciais.
MAIS NA PÁGINA DE ARTIGOS EM: http://www.paroquiadefatimacg.com/p/artigo-pe-assis.html
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