sábado, dezembro 22, 2012

A Virgem Maria e a confiança absoluta em Deus


Padre José Assis.

O Quarto Domingo do Advento é a porta do Natal. E essa porta é aberta pela figura estelar do Advento: Maria. Ela se entrega ao mistério de Deus para que esse mistério seja humano, acessível, sem deixar de ser divino e de ser mistério. E por isso Maria é o símbolo de uma alegria recôndita.
Na anunciação (cf. Lc 1. 39-45), acontecimento que o evangelho de Lucas pressupõe, encontramos a hora estelar da história da humanidade. Mas é uma hora que acontece no mistério silencioso de Nazaré, a cidade que nunca havia aparecido em toda a história de Israel. É nesse momento quando se conhece pela primeira vez que existe essa cidade, e ali há uma mulher chamada Maria, donde se achega Deus, para encarnar-se, para fazer-se homem como nós, para ser não somente o Filho eterno do Pai, senão o filho de Maria e irmão de todos nós.
O profeta Miquéias (séc. VIII a.C) (cf. Mq 5,1-4a), contemporâneo do grande profeta Isaías, com palavras menos brilhantes que esse mestre, que refletem o ambiente rural de sua terra natal; mas com intuição não menos radical, denuncia em seu livro as injustiças e corrupções do prostituído ambiente do ímpio rei Acaz e anuncia um juízo de Deus contra seu povo. Mas, também em sua mensagem há um aspecto positivo: o castigo se transforma em chamado à conversão. “E tu, Belém-Éfrata, pequena entre os clãs de Judá, de ti sairá para mim aquele que governará Israel” (Mq 4,1).  O profeta mantém a esperança na salvação de um "resto" e anuncia os tempos salvíficos a partir da humildade de Belém, onde havia nascido o rei Davi. Para o profeta, o Messias deve vir de outra maneira de como o povo o esperava. Sua experiência da invasão assíria lhe inspira uma mensagem que foi “adaptada” como oráculo messiânico sobre Belém. Esta é a mensagem de alegria da profecia de Miquéias: “A parturiente dará à luz... Ele se erguerá e apascentará o rebanho pela força de Iahweh... Ele será grande até os confins da terra e este será a paz!”
Como acontece em muitos oráculos proféticos não há clareza entre o presente imediato e o futuro. Se olharmos o texto em profundidade podemos perceber alguns aspectos interessantes e teológicos: De novo o rei se destaca: suas origens humildes, como humildes foram as de Davi, significados pela aldeia de Belém; sua continuidade com a dinastia davídica; será o final do tempo atual de abandono e dispersão: no povo se manifestará a obra de Deus que, através deste rei, cuidará dele; o objetivo final é que o povo possa viver em paz, livre das angustias que agora sofre: por isso este rei tem como nome a mesma paz.
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