Padre José Assis

Antes de centrar a reflexão no evangelho, gostaria de retroceder no tempo, fazendo-me eco da profecia de Jeremias (cf. Jr 31,7-9). Este profeta crítico e radical “desenvolveu sua atividade profética em Judá a partir do ano 627 a.C. Há quase um século, os habitantes do Reino do Norte (Israel) viviam como escravos na Assíria, sem que Judá levasse a sério o sofrimento de seus irmãos. Por isso o profeta aproveitando um acontecimento promissor, proclama que chegou o tempo de libertação para Israel. E Judá é convidado a fazer festa por causa dos irmãos prestes a serem libertados: «Gritem de alegria por Jacó, exultem pela nação-líder! Proclamem-no exultantes e digam: O Senhor salvou seu povo, o resto de Israel» (v. 7).
O próprio Deus se encarrega de reunir e organizar o povo sofrido, trazendo-o de volta à pátria. Quem ele reúne, organiza e reconduz? Aqueles que estão na miséria, sofredores e fracos, marginalizados e indefesos, porque esses é que são o povo de Deus, os que ele privilegia e liberta: «Entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e que dão à luz» (v. 8b). No meio de toda a multidão que retorna, esses são os únicos lembrados. Eles sintetizam os sofredores e marginalizados do povo (cegos e aleijados), os indefesos e que precisam de amparo (mulheres grávidas e que dão à luz); mas são as sementes de esperança no meio da dor: apesar do sofrimento, há claros sinais de vida nas mulheres grávidas e nas que já estão amamentando seus filhos. Do sofrimento nasce a alegria; da dor brota a fecundidade.” (Bortolini, 2006.)
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