domingo, outubro 28, 2012

Uma fé com olhos novos


Padre José Assis

Seguimos vendo Jesus em seu caminho espiritual para Jerusalém, com seus discípulos. Hoje se junta ao grupo de Jesus um discípulo muito especial, o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46-52) que “estava sentado à beira do caminho, mendigando.” (v. 46) Sua situação lembra a de todas as pessoas que vivem à margem da sociedade, cuja sobrevivência depende da compaixão dos outros.
Antes de centrar a reflexão no evangelho, gostaria de retroceder no tempo, fazendo-me eco da profecia de Jeremias (cf. Jr 31,7-9).  Este profeta crítico e radical “desenvolveu sua atividade profética em Judá a partir do ano 627 a.C. Há quase um século, os habitantes do Reino do Norte (Israel) viviam como escravos na Assíria, sem que Judá levasse a sério o sofrimento de seus irmãos. Por isso o profeta aproveitando um acontecimento promissor, proclama que chegou o tempo de libertação para Israel. E Judá é convidado a fazer festa por causa dos irmãos prestes a serem libertados: «Gritem de alegria por Jacó, exultem pela nação-líder! Proclamem-no exultantes e digam: O Senhor salvou seu povo, o resto de Israel» (v. 7).
O próprio Deus se encarrega de reunir e organizar o povo sofrido, trazendo-o de volta à pátria. Quem ele reúne, organiza e reconduz? Aqueles que estão na miséria, sofredores e fracos, marginalizados e indefesos, porque esses é que são o povo de Deus, os que ele privilegia e liberta: «Entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e que dão à luz» (v. 8b). No meio de toda a multidão que retorna, esses são os únicos lembrados. Eles sintetizam os sofredores e marginalizados do povo (cegos e aleijados), os indefesos e que precisam de amparo (mulheres grávidas e que dão à luz); mas são as sementes de esperança no meio da dor: apesar do sofrimento, há claros sinais de vida nas mulheres grávidas e nas que já estão amamentando seus filhos. Do sofrimento nasce a alegria; da dor brota a fecundidade.” (Bortolini, 2006.)
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