Por
que desde o início da história da humanidade tiveram e têm tanta importância as
normas, as leis, as regras? Porque são o caminho necessário para alcançar
valores. A comida que nos alimenta; a ciência que nos instrui; a arte que nos delicia;
a economia que regula nossa produção; as comunidades às quais pertencemos etc.,
todos estes valores importantíssimos, estão cheios de normas ou regras em sua
origem e em seu desenvolvimento. E como os valores são o alimento da vida
humana, não podemos viver sem valores e sem suas respectivas normas. Mas uma
coisa deve ficar clara: as normas, as leis, as regras recebem toda sua importância
dos valores, não o contrário. As normas em si mesmas não têm valor. Sabemos que
“a letra mata, mas o espírito dá vida”. (2Cor. 3,6)
As leis têm o seu lugar numa
experiência religiosa, enquanto sinais indicadores de um caminho a percorrer. A
finalidade da nossa experiência religiosa não é cumprir leis, mas aprofundar a
nossa experiência de relação, de proximidade e comunhão pessoal e comunitária
com Deus e com os outros sendo, eventualmente, ajudados nesse processo por
leis, normas e preceitos que nos indicam o caminho a seguir. Se fizermos das
leis algo absoluto, elas podem tornar-se para nós um fim e não um caminho.
“Ó Israel, ouve os estatutos e
as normas que eu hoje vos ensino a praticar a fim de que vivais e entreis para
possuir a terra que vos dará o Senhor”. (Dt 4,1) Segundo
o Livro do Deuteronômio (segunda lei), (cf. Dt 4,1-8) Moisés
manda o povo cumprir os preceitos do Senhor, “pois isto vos tornará sábios e
inteligentes aos olhos dos povos”. (Dt 4,6) Isto é, os
outros povos compreenderão que o Deus de Israel é um Deus mais próximo e justo
do que os seus deuses. Deixando de lado o que este texto bíblico tem de apologia
histórica do povo de Israel e de sua religião, eu creio que o que a nós nos
pode servir hoje deste texto é a importância que se dá à proximidade de Deus do
seu povo.
O povo de
Israel organizou sua vida em torno do Senhor, todas as leis civis se viveram
como leis religiosas. E assim, um simples ato de comer sem lavar-se não era
simplesmente a infração de uma norma de higiene, e sim de uma norma religiosa:
afastando de Deus e tornando impuro a quem não a cumpria. Mas, os mandamentos
devem ser considerados como a forma de Deus estar perto do seu povo e por isso
este povo deve escutá-lo, servi-lo e buscá-lo. É verdade que os mandamentos se
entendem, às vezes, só em sentido demasiado legalista e, então, para alguns,
lhes parecem insuportáveis. Será Jesus quem libertará os mandamentos de Deus
dessa carga pesada, com objetivo de aproximar de Deus todo ser humano... CONTINUAR NA PAGINA DE ARTIGOS http://paroquiadefatimacg.blogspot.com.br/p/artigo-pe-assis.html
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