Padre José Assis Pereira

Onde está Deus? No silêncio, certamente hoje logo diremos, no silêncio ou na solidão há uma voz sutil e quase imperceptível, é Deus que nos fala. Esse silêncio que experimentam os místicos, é uma presença simples, humana e entranhada de Deus no cotidiano da vida compartilhando de verdade nossa existência, o Deus conosco. É realmente aí onde o profeta Elias tem que notar a presença e a manifestação de Deus, na brisa de sua alma e de seu coração.
O texto da experiência mística de Elias (cf. 1Reis 19,9.11-13) é uma história religiosa cheia de conteúdos místicos: provavelmente uma das peças mestras da religiosidade da Antiguidade. “A teofania que tem lugar no monte Horeb na presença de Elias é decalcada naquela que Deus ofereceu a Moisés neste mesmo lugar (Ex 33, 18-34,9). É necessário lê-las juntas, pois ilustram-se e esclarecem-se mutuamente. O furacão, o terremoto e o fogo são elementos que integram geralmente as muitas teofanias que são relatadas ao longo da Bíblia. Os exemplos são numerosíssimos. Basta-nos aqui recordar a teofania do Sinai e a do Pentecostes (Ex 19; At 2). No presente caso, porém, o Senhor não se manifesta nem no furacão, nem no terremoto, nem no fogo, mas sim numa ligeira brisa; por quê? Alguns autores interpretam o fato como um ato de ternura e mansidão... O significado da tênue brisa em oposição ao furacão, ao terremoto e ao fogo, parece mais apontar para a suavidade com que Deus dirige a marcha dos acontecimentos da história. Através da brisa suave, Deus teria querido dizer que Ele rege a história com toda a força de um furacão, mas à superfície aflora esta providência suavemente, como a tênue brisa.” (Bíblia Litúrgica)
A experiência de Elias e a presença de Jesus antes seus discípulos angustiados, nos oferece uma mensagem de experiência religiosa, algo verdadeiramente real, quando se crê e se confia em Deus.
O Evangelho de São Mateus nos apresenta o relato de Jesus caminhando sobre as águas (cf. Mt 14,22-33). Além de Mateus, também Marcos (cf. Mc 6,45-52) e João (cf. Jo 6,16-21) relatam o mesmo episódio. Os especialistas no evangelho de Mateus chamam a seção dos capítulos 14 a 18 de “Discurso Eclesial”. No episódio descrito o evangelista reuniu enisnamentos práticos da vida da comunidade eclesial. A barca sacudida pelas ondas é símbolo clássico da Igreja em dificuldades e a figura de Pedro andando sobre as águas entre a confiança e o medo representa cada cristão que precisa amadurecer na fé.
Depois do “milagre dos pães” (cf. Mt 14,13-21) Jesus "forçou" os discípulos a embarcar e aguardá-lo na outra margem do mar da Galiléia, até que ele mesmo despedisse as multidões e subiu a um monte para orar, a sós. Na realidade, eles não estavam muito animados em seguir adiante sem o Mestre e, não compreendiam aquele seu procedimento. Enquanto Jesus está sozinho em oração, o barco, em meio a uma tempestade ameaça afundar. É aí, precisamente, que Jesus manifesta a sua presença. Ele vai ao encontro dos discípulos “caminhando sobre o mar”. Eles ficaram assustados pensando tratar-se de “um fantasma”. A expressão de Jesus: “Tende confiança, sou eu, não tenham medo” (Mt 14,27) reproduz a fórmula de identificação com que Deus se apresenta no Antigo Testamento: “sou eu” e a exortação “tende confiança, não temais” transmite aos discípulos a certeza de que nada têm a temer porque Jesus, acompanha a sua caminhada histórica e dá-lhes a força para vencer a hostilidade do mundo. Pedro lhe faz um pedido: “Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas” (Mt 14,28). Jesus acolheu o pedido de Pedro, ordenando-lhe que fosse até ele, "Vem". Pedro, descendo do barco, pôs-se a caminhar sobre as águas na direção do Mestre. Mas a violência do vento fê-lo entrar em pânico, e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”(Mt 14,30). Jesus estendeu-lhe a mão e segurou-o. Foi preciso Pedro agarrar-se nas mãos de Jesus para não ser tragado pelas ondas. Jesus lhe diz: "Homem fraco na fé, por que duvidaste?" (Mt 14,31) Finalmente, o medo e a desconfiança dos discípulos transformam-se em fé firme: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" (Mt 14,33)
“A pequena história do perigo sobre o lago, do qual se escapou, tornou-se uma mensagem para os crentes de todos os tempos. Por mérito de Mateus. Ele releu, no fato histórico do passado, a vida da sua comunidade agitada por dificuldades internas e por adversidades externas. Assemelha-se a uma barca sacudida por ondas tempestuosas. Encontra-se em alto mar, obrigada a enfrentar tempestades terríveis. Não deve, todavia, temer, mas confiar na presença potente do Senhor. Ele é o seu salvador. A ele dirija-se com fé implorante e será protegida e libertada. Seguir Jesus na vida não quer dizer refugiar-se no porto seguro da tranquilidade. As águas da existência do discípulo são agitadas, às vezes revoltas, até mesmo tempestuosas. Mas ele experimenta também a presença do Salvador. A vocação cristã supõe uma fé corajosa.” (Barbaglio, 1990.)
Mateus quer ajudar a sua comunidade eclesial a libertar-se de seus temores, medos e de sua pouca fé. A força do vento e o perigo da vida são temas para desenhar a situação de dificuldade que pressupõe o Reino de Deus e o esforço necessário para superar toda adversidade. “Vale a pena recuperar o tipo e figura do barco sacudido pelas ondas sobre o mar das tempestades, sob a constante ameaça de naufrágio. A Igreja verdadeira está sempre em perigo, precisando do socorro divino, precisando do milagre de Deus, batendo no peito como o publicano, pedindo perdão como o ladrão na cruz. É Jesus quem a impede de perecer, quem a sustenta sobre o abismo. E, contudo, muitas vezes, Ele parece ausente e distante, enquanto a barquinha quase soçobra. Ele parece dormir, enquanto lutamos e nos afanamos. Há momentos mais tenebrosos, em que tudo se afigura tão difícil, sem saída nem alternativas. E mesmo na rotina do cotidiano, quantas deficiências, quantas defecções, quanta mediocridade, quantas negações do Evangelho! Todo o dia, o Povo de Deus tem de se converter. Todo dia traz suas novas tentações. Cada tempo exibe seus novos ídolos, novas sereias aliciando os discípulos de Jesus... Quando as noites de provação forem mais escuras, quando as tempestades são mais ameaçadoras, urge gritar mais alto pelo Senhor, reconhecendo nossa impotência e depositando nele toda a nossa esperança.” (Dom Luis Fernandes)
Os discípulos aprendem uma nova lição do Mestre. A fé em Jesus passará pela superação e assimilação do medo e da dúvida. Frente aos ventos contrários está a Palavra de Jesus, sua mão estendida e sua promessa de apoio a todo aquele que crê. O medo, as dúvidas, nossa falta de fé, nos impedem de reconhecê-lo Jesus, que caminha ao nosso lado, de maneira especial em nossos momentos de crise. E Jesus não nos abandona, muito menos quando nossa barca ou nós mesmos ameaçamos afundar. Com humildade necessitamos ser sustentados por Cristo.
Todos temos nossos temores e dúvidas. O medo pertence à condição humana. Inclusive o próprio Jesus sentiu medo no Getsemani. Tememos o fracasso, a desgraça, a doença, não estar a altura das circunstâncias; Tememos o futuro, ficarmos sós; Tememos os estranhos e o juízo negativo dos outros, tememos e desconfiamos de nós mesmos, tememos a vida e a morte, medo de tudo. O Evangelho nos chama a reler nossa vida à luz da experiência dos discípulos de Jesus no mar da Galiléia: Quais são os ventos contrários que sacodem nossa vida? Quais são nossas dúvidas, nossos medos? O que pedimos a Deus nesse momento? Como o descobrimos? Como se nos manifesta Ele? Como o buscamos ou o encontramos? O que fazemos para crescer em confiança e em fidelidade a seu projeto de amor para conosco?
Há enfim um detalhe importante neste episódio evangélico que não podemos esquecer. É curioso o jogo de olhares entre Jesus e Pedro. Pedro enquanto olha para si mesmo, para os seus próprios pés, vê que está afundando, mas quando ergue o olhar e vê Jesus com a mão estendida, recupera as forças e sai flutuando. No fundo tudo depende do olhar. Quanto mais olhamos para nós mesmos, para o nosso próprio umbigo, ou para os nossos pés, afundamos. Será importante deixar de olhar para nós mesmos, nossas debilidades, nossa falta de fé e pôr nosso olhar nele, em Jesus. Só assim Pedro e os discípulos conseguiram sair e confirmar sua fé em Jesus: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" (Mt 14,33)
A única experiência que nos pode sustentar sempre, mas de maneira especial nas crises ou tempestades da vida, é a de descobrir a Deus em nossa vida, sempre próximo, sempre com a mão estendida ajudando-nos a levantar-nos de nossas quedas, a ajudar-nos a caminhar sustentando-nos com a fé nele e em sua Palavra. Abramos nossos olhos e descubramos a Cristo com sua mão estendida, que sustenta nossa fé nos anima a fortalecê-la, apesar de nossas debilidades, que o Senhor já sabe quais são e conta com elas. Caminhemos pela vida sem medo, sustentados por Jesus e sua Palavra.
Crer é, em muitas ocasiões, caminhar em meio às tempestades e ventos contrários sobre a água, como Pedro apoiando nossa fé e nossa existência em Deus, que nos sustenta, e não em nossas próprias forças e argumentos, viver sustentados por nossa confiança no Senhor que nos salva.
Bibliografia:
Textos e referências bíblicas: Bíblia de Jerusalém, São Paulo, Paulus, 2002.
Vários autores. Comentários à Bíblia Litúrgica, Portugal, Gráfica de Coimbra 2
Barbaglio, Giusepe; Fabris, Rinaldo; Maggioni, Bruno. Os Evangelhos, 1. São Paulo, Loyola, 1990
Rietveld, João Jorge (org.) A Palavra é filha do silêncio, antologia dos artigos de Dom Luis Fernandes. Campina Grande, Maxgraf. 2011.
O texto da experiência mística de Elias (cf. 1Reis 19,9.11-13) é uma história religiosa cheia de conteúdos místicos: provavelmente uma das peças mestras da religiosidade da Antiguidade. “A teofania que tem lugar no monte Horeb na presença de Elias é decalcada naquela que Deus ofereceu a Moisés neste mesmo lugar (Ex 33, 18-34,9). É necessário lê-las juntas, pois ilustram-se e esclarecem-se mutuamente. O furacão, o terremoto e o fogo são elementos que integram geralmente as muitas teofanias que são relatadas ao longo da Bíblia. Os exemplos são numerosíssimos. Basta-nos aqui recordar a teofania do Sinai e a do Pentecostes (Ex 19; At 2). No presente caso, porém, o Senhor não se manifesta nem no furacão, nem no terremoto, nem no fogo, mas sim numa ligeira brisa; por quê? Alguns autores interpretam o fato como um ato de ternura e mansidão... O significado da tênue brisa em oposição ao furacão, ao terremoto e ao fogo, parece mais apontar para a suavidade com que Deus dirige a marcha dos acontecimentos da história. Através da brisa suave, Deus teria querido dizer que Ele rege a história com toda a força de um furacão, mas à superfície aflora esta providência suavemente, como a tênue brisa.” (Bíblia Litúrgica)
A experiência de Elias e a presença de Jesus antes seus discípulos angustiados, nos oferece uma mensagem de experiência religiosa, algo verdadeiramente real, quando se crê e se confia em Deus.
O Evangelho de São Mateus nos apresenta o relato de Jesus caminhando sobre as águas (cf. Mt 14,22-33). Além de Mateus, também Marcos (cf. Mc 6,45-52) e João (cf. Jo 6,16-21) relatam o mesmo episódio. Os especialistas no evangelho de Mateus chamam a seção dos capítulos 14 a 18 de “Discurso Eclesial”. No episódio descrito o evangelista reuniu enisnamentos práticos da vida da comunidade eclesial. A barca sacudida pelas ondas é símbolo clássico da Igreja em dificuldades e a figura de Pedro andando sobre as águas entre a confiança e o medo representa cada cristão que precisa amadurecer na fé.
Depois do “milagre dos pães” (cf. Mt 14,13-21) Jesus "forçou" os discípulos a embarcar e aguardá-lo na outra margem do mar da Galiléia, até que ele mesmo despedisse as multidões e subiu a um monte para orar, a sós. Na realidade, eles não estavam muito animados em seguir adiante sem o Mestre e, não compreendiam aquele seu procedimento. Enquanto Jesus está sozinho em oração, o barco, em meio a uma tempestade ameaça afundar. É aí, precisamente, que Jesus manifesta a sua presença. Ele vai ao encontro dos discípulos “caminhando sobre o mar”. Eles ficaram assustados pensando tratar-se de “um fantasma”. A expressão de Jesus: “Tende confiança, sou eu, não tenham medo” (Mt 14,27) reproduz a fórmula de identificação com que Deus se apresenta no Antigo Testamento: “sou eu” e a exortação “tende confiança, não temais” transmite aos discípulos a certeza de que nada têm a temer porque Jesus, acompanha a sua caminhada histórica e dá-lhes a força para vencer a hostilidade do mundo. Pedro lhe faz um pedido: “Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro sobre as águas” (Mt 14,28). Jesus acolheu o pedido de Pedro, ordenando-lhe que fosse até ele, "Vem". Pedro, descendo do barco, pôs-se a caminhar sobre as águas na direção do Mestre. Mas a violência do vento fê-lo entrar em pânico, e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!”(Mt 14,30). Jesus estendeu-lhe a mão e segurou-o. Foi preciso Pedro agarrar-se nas mãos de Jesus para não ser tragado pelas ondas. Jesus lhe diz: "Homem fraco na fé, por que duvidaste?" (Mt 14,31) Finalmente, o medo e a desconfiança dos discípulos transformam-se em fé firme: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" (Mt 14,33)
“A pequena história do perigo sobre o lago, do qual se escapou, tornou-se uma mensagem para os crentes de todos os tempos. Por mérito de Mateus. Ele releu, no fato histórico do passado, a vida da sua comunidade agitada por dificuldades internas e por adversidades externas. Assemelha-se a uma barca sacudida por ondas tempestuosas. Encontra-se em alto mar, obrigada a enfrentar tempestades terríveis. Não deve, todavia, temer, mas confiar na presença potente do Senhor. Ele é o seu salvador. A ele dirija-se com fé implorante e será protegida e libertada. Seguir Jesus na vida não quer dizer refugiar-se no porto seguro da tranquilidade. As águas da existência do discípulo são agitadas, às vezes revoltas, até mesmo tempestuosas. Mas ele experimenta também a presença do Salvador. A vocação cristã supõe uma fé corajosa.” (Barbaglio, 1990.)
Mateus quer ajudar a sua comunidade eclesial a libertar-se de seus temores, medos e de sua pouca fé. A força do vento e o perigo da vida são temas para desenhar a situação de dificuldade que pressupõe o Reino de Deus e o esforço necessário para superar toda adversidade. “Vale a pena recuperar o tipo e figura do barco sacudido pelas ondas sobre o mar das tempestades, sob a constante ameaça de naufrágio. A Igreja verdadeira está sempre em perigo, precisando do socorro divino, precisando do milagre de Deus, batendo no peito como o publicano, pedindo perdão como o ladrão na cruz. É Jesus quem a impede de perecer, quem a sustenta sobre o abismo. E, contudo, muitas vezes, Ele parece ausente e distante, enquanto a barquinha quase soçobra. Ele parece dormir, enquanto lutamos e nos afanamos. Há momentos mais tenebrosos, em que tudo se afigura tão difícil, sem saída nem alternativas. E mesmo na rotina do cotidiano, quantas deficiências, quantas defecções, quanta mediocridade, quantas negações do Evangelho! Todo o dia, o Povo de Deus tem de se converter. Todo dia traz suas novas tentações. Cada tempo exibe seus novos ídolos, novas sereias aliciando os discípulos de Jesus... Quando as noites de provação forem mais escuras, quando as tempestades são mais ameaçadoras, urge gritar mais alto pelo Senhor, reconhecendo nossa impotência e depositando nele toda a nossa esperança.” (Dom Luis Fernandes)
Os discípulos aprendem uma nova lição do Mestre. A fé em Jesus passará pela superação e assimilação do medo e da dúvida. Frente aos ventos contrários está a Palavra de Jesus, sua mão estendida e sua promessa de apoio a todo aquele que crê. O medo, as dúvidas, nossa falta de fé, nos impedem de reconhecê-lo Jesus, que caminha ao nosso lado, de maneira especial em nossos momentos de crise. E Jesus não nos abandona, muito menos quando nossa barca ou nós mesmos ameaçamos afundar. Com humildade necessitamos ser sustentados por Cristo.
Todos temos nossos temores e dúvidas. O medo pertence à condição humana. Inclusive o próprio Jesus sentiu medo no Getsemani. Tememos o fracasso, a desgraça, a doença, não estar a altura das circunstâncias; Tememos o futuro, ficarmos sós; Tememos os estranhos e o juízo negativo dos outros, tememos e desconfiamos de nós mesmos, tememos a vida e a morte, medo de tudo. O Evangelho nos chama a reler nossa vida à luz da experiência dos discípulos de Jesus no mar da Galiléia: Quais são os ventos contrários que sacodem nossa vida? Quais são nossas dúvidas, nossos medos? O que pedimos a Deus nesse momento? Como o descobrimos? Como se nos manifesta Ele? Como o buscamos ou o encontramos? O que fazemos para crescer em confiança e em fidelidade a seu projeto de amor para conosco?
Há enfim um detalhe importante neste episódio evangélico que não podemos esquecer. É curioso o jogo de olhares entre Jesus e Pedro. Pedro enquanto olha para si mesmo, para os seus próprios pés, vê que está afundando, mas quando ergue o olhar e vê Jesus com a mão estendida, recupera as forças e sai flutuando. No fundo tudo depende do olhar. Quanto mais olhamos para nós mesmos, para o nosso próprio umbigo, ou para os nossos pés, afundamos. Será importante deixar de olhar para nós mesmos, nossas debilidades, nossa falta de fé e pôr nosso olhar nele, em Jesus. Só assim Pedro e os discípulos conseguiram sair e confirmar sua fé em Jesus: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!" (Mt 14,33)
A única experiência que nos pode sustentar sempre, mas de maneira especial nas crises ou tempestades da vida, é a de descobrir a Deus em nossa vida, sempre próximo, sempre com a mão estendida ajudando-nos a levantar-nos de nossas quedas, a ajudar-nos a caminhar sustentando-nos com a fé nele e em sua Palavra. Abramos nossos olhos e descubramos a Cristo com sua mão estendida, que sustenta nossa fé nos anima a fortalecê-la, apesar de nossas debilidades, que o Senhor já sabe quais são e conta com elas. Caminhemos pela vida sem medo, sustentados por Jesus e sua Palavra.
Crer é, em muitas ocasiões, caminhar em meio às tempestades e ventos contrários sobre a água, como Pedro apoiando nossa fé e nossa existência em Deus, que nos sustenta, e não em nossas próprias forças e argumentos, viver sustentados por nossa confiança no Senhor que nos salva.
Bibliografia:
Textos e referências bíblicas: Bíblia de Jerusalém, São Paulo, Paulus, 2002.
Vários autores. Comentários à Bíblia Litúrgica, Portugal, Gráfica de Coimbra 2
Barbaglio, Giusepe; Fabris, Rinaldo; Maggioni, Bruno. Os Evangelhos, 1. São Paulo, Loyola, 1990
Rietveld, João Jorge (org.) A Palavra é filha do silêncio, antologia dos artigos de Dom Luis Fernandes. Campina Grande, Maxgraf. 2011.
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