quinta-feira, junho 02, 2011

COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA NA BÍBLIA

Sendo Jesus Cristo o centro, Rei dos Reis e fundador da Igreja Católica, fica claro que é correta a veneração e coroação da mãe de Deus (Lc 1,43).

Assim nos diz, em uma linda música composta por Valmir Alencar e interpretada pelo Ministério de Música Vida Reluz:

PERFEITO É QUEM TE CRIOU

Se um dia um anjo declarou
Que tu eras cheia de Deus
Agora penso: Quem sou eu
Para não te dizer também
Cheia de graça, ó Mãe?
Agraciada (Lc 1,28)

Se a palavra ensinou
Que todos hão de concordar
E as gerações te proclamar
Agora eu também direi
Tu és bendita, ó Mãe (bis)
Bem-aventurada (Lc 1,41-48)

Surgiu um grande sinal no céu
Uma mulher revestida de sol
A lua debaixo de seus pés
E na cabeça uma coroa (Ap 12,1-2)

Não há com que se comparar
Perfeito é quem te criou
Se o Criador te coroou
Te coroamos, ó Mãe
Nossa Rainha

Vejam então que a coroação de Nossa Senhora tem fundamento bíblico.

Um sinal grandioso apareceu no céu: uma mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz (Ap 12,1-2).

Segundo um bom número de teólogos e exegetas, essa mulher simboliza em primeiro lugar e diretamente a Igreja do povo de Deus, tanto do Antigo Testamento como do Novo; porém, indiretamente, simboliza também a Virgem Maria.

Está tudo na Bíblia!

A lógica: Jesus é Deus. Maria é a mãe de Jesus, logo, Maria é mãe de Deus.(Lc 1,43)
Agora: Jesus é Rei dos Reis. Maria é a mãe do Rei Jesus, logo, a mãe do Rei só pode ser a Rainha, tanto que foi coroada pelo próprio Deus (Ap 12,1-2).
Nossa Senhora é intitulada: Rainha dos céus, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, simplesmente porque ela é a mãe do Rei, Jesus Cristo, a quem ela adora e serve. (Lc 1,43).



Nossa Senhora, Rainha do Céu e da Terra

No dia 15 de agosto a Igreja celebra solenemente o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu; no Brasil a festa litúrgica foi transferida para o domingo seguinte.
Sete dias depois de 15 de agosto, a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora Rainha, coroada no Céu pela Santíssima Trindade como Rainha do Céu e da Terra, dos anjos e dos santos, dos homens e de toda a criação de Deus.

Esta festividade, paralela à de Cristo Rei, foi instituída pelo grande Papa Pio XII em 1955. Antes será celebrada no dia 31 de maio, como coroação da devoção mariana do mês a ela dedicado. Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. O Papa Pio XII deu vários títulos á Virgem Maria na carta encíclica “A Rainha do Céu” (11 de outubro de 1954): “Mãe da Cabeça e dos membros do Corpo místico, augusta soberana e Rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificador sobre os membros do Corpo místico”.

Elevada ao céu de corpo e alma, Nossa Senhora recebeu ali sua justa e merecida glorificação. A coroação de Nossa Senhora no céu não é um ato apenas simbólico ou mero cerimonial. Não. É um acontecimento de grande profundidade, por meio do qual Deus fez de Maria a Rainha de todas Suas criaturas. Ela é elevada à glória de Rainha do Universo.

Quando S. João viu surgir no céu “um grande sinal” (Ap 12,1) lhe era revelado por Deus toda a glorificação que os próprios elementos prestavam a Maria. Ela apareceu “revestida” de Sol; isto é, o Sol serviu-lhe de vestimenta gloriosa, a Lua veio pôr-se sob seus pés, como um rico pedestal, e as estrelas se ajuntaram em torno de sua cabeça, formando uma coroa, em número de 12, que é símbolo da plenitude, da perfeição e da graça. Os astros do universo glorificam sua Rainha!

Maria é Rainha desde o momento em que foi escolhida e aceitou ser a Mãe do Rei do Universo. Filho e Mãe participam da mesma realeza. A Mãe do Rei é Rainha, dizem os santos.
Diz S. Bernardino de Sena:
“Desde o momento em que Maria aceitou ser Mãe do Verbo Eterno, mereceu tornar-se Rainha do mundo e de todas as criaturas.. Quantas são as criaturas que servem a Deus, tantas também devem servir a Maria. Por conseguinte estão sujeitas ao domínio de Maria os anjos, os homens e todas as coisas do céu e da terra, porque tudo está sujeito ao império de Deus” (Glórias de Maria, p. 26).

É por isso que S. Agostinho ensinava que “a Mãe de Deus tem mais poder junto da Majestade divina que as preces e intercessões de todos os anjos e santos do céu e da terra” (Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Santíssima, n. 27).

S. Luiz de Montfort, baseado em S. Boaventura, garante:
“No céu, Maria dá ordem aos anjos e aos bem-aventurados. Para compensar sua profunda humildade, Deus lhe deu o poder e a missão de povoar de santos os tronos vazios, que os anjos apóstatas abandonaram e perderam por orgulho. E a vontade do Altíssimo, que exalta os humildes (Lc 1,52), é que o céu, a terra e o inferno se curvem, de bom ou mal grado, às ordens da humilde Maria, pois Ele a fez soberana do céu e da terra, general de Seus exércitos, tesoureira de Suas riquezas dispensadora de Suas graças, artífice de Suas grandes maravilhas, reparadora do gênero, mediadora para os homens, exterminadora dos inimigos de Deus e a fiel companheira de suas grandezas e de seus triunfos” (Tratado…, n. 28).

Assim como o “reino de Deus está no meio de nós” (Lc 17,21), em nossa alma, também o reino de Maria está em nosso interior, e aí ela é mais glorificada com Jesus do que nas outras criaturas visíveis. Por isso, Maria é a Rainha dos corações.

Jesus, ensinam-nos os santos, escolheu Maria para sua companheira inseparável na vida, na morte, na glória, em seu poder no céu e na terra. Afirma S. Luiz: “Deus deu-lhe pela graça, relativamente à sua majestade, os mesmos direitos e privilégios que Ele possui por natureza” (Tratado n. 27).

Portanto, afirmam os santos, aquele que é escravo de Jesus o é também de Maria. E devemos nos fazer escravos da Santíssima Virgem para deste modo nos tornarmos mais perfeitamente escravos de Jesus Cristo.
Inspirada pelo Espírito Santo, a Igreja sempre viu na rainha Ester, do Antigo Testamento, a figura de Maria. A seu pedido o rei Assuero livro da morte o povo judeu.
“Ora, pergunta S. Afonso, “se Assuero por amor a Ester, lhe concedeu a salvação dos judeus, como poderá Deus, cujo amor por Maria é sem medida, deixar de ouvi-la quando pede pelos pobres pecadores que a ela se recomendam?” (GM, p. 28).

Da mesma forma que Ester, Maria se apresenta diante do Rei e faz por nós a mesma súplica. Ela sabe que é a “bendita entre todas as mulheres”, a única entre todas as criaturas que “achou graça diante de Deus”, perdida pelos homens; sabe que é a Filha predileta do Senhor, por Ele querida acima dos Anjos e dos homens. Todas essas prerrogativas Maria usa diante de Deus para rogar por nós. Não é possível que o Senhor deixe de atendê-la. É isto que levava os Santos a chamá-la de “Onipotência Suplicante”.

Assim como o rei Assuero atendeu prontamente o pedido da rainha Ester, salvando seu povo da morte e condenando seus inimigos, igualmente o Senhor atende prontamente os rogos de Maria, de modo que toda a súplica sua é como se fosse uma lei estabelecida pelo Senhor. Assim, Maria abre o oceano da misericórdia de Deus a quem quer, quando quer e como quer. E diz S. Afonso que “não há pecador, nem o maior de todos, que se perca se Maria o protege”.
A propósito disso, dizia o Papa S. Gregório: “Quanto mais ela é excelsa e mais santa, tanto mais doce e mais piedosa é para com os pecadores que se querem emendar e a ela recorrem” (GM, p. 29).

S. Bernardo dizia a Maria: “Mas como podereis vós, ó Maria, deixar de socorrer os infelizes, se vós sois a Rainha da misericórdia?” (GM, p. 30).
Nossa confiança em Maria deve ser ilimitada, ainda que carreguemos uma multidão de pecados.

A Santa Brígida, Nossa Senhora disse certa vez: “Eu sou Rainha do Céu e Mãe da Misericórdia; para os justos sou a alegria e, para os pecadores, a porta por onde entram para Deus. Não há no mundo pecador tão perdido que não participe de minha misericórdia; pois por minha intercessão todos são menos tentados do que, aliás, haviam de ser. Nenhum deles, a não ser o que de tudo esteja repudiado por Deus, nenhum deles é tão abandonado por Deus que não consiga reconciliar-se com Ele e conseguir misericórdia, se implora minha intercessão. Infeliz, portanto, conclui a Virgem, infeliz será eternamente na outra vida aquele que podendo nesta vida recorrer a mim, tão compassiva com todos, não me invoca e se perde!” (GM, p. 31).

Recorramos, pois, e sempre à proteção dessa Rainha onipotente, não por natureza, mas por graça. Quando nossos pecados nos assustarem perante a justiça de Deus, lancemo-mos confiantes nos braços de Maria. A Igreja nos ensina a chamá-la de “refúgio dos pecadores”.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

Um comentário:

  1. o q é GM, p. 31? é um livro anexo usado para apoiar a biblia? pra complementar coisas q nao estão na bíblia? onde , na bíblia, ta escrito q maria subiu aos céus? a maioria dos estudiosos entendem que a mulher do apocalipse é diretamente a igreja. pq temos q crer numa interpretação dogmatica indireta? não seria Maria, apenas mãe do corpo fisico de Jesus, q tem o Espírito de Deus dentro dEle? Jesus é Deus enquanto espirito. Mas precisou de uma mulher de carne pra se transformar em carne. Maria não é mae de Deus, pq se fosse, logo, o Criador de tudo q há, teria sido criado por Maria... essa visão dogmatica baseada em Lucas e Apocalipse, com textos fora de contextos me parecem pretextos. Me esclareçam, por favor :)

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